Quarto da Allison Forks

Quando ela voltou para o quarto comecei-me a rir e atirei-lhe a tanga como se fosse uma fisga - eu disse que ia por na cabeça - sentei-me - o que é que trouxeste para comer? eu preciso de me alimentar

Deixei que aquilo caisse no meio do chão e sentei-me no baloiço, tirando as coisas da saca.
- Coca colas, sandes, chocolate, batatas fritas... - disse enquanto tirava. - E água.
Olhei-o.
- Anda cá. - chamei.

- podias ter trazido um hamburguer ou assim - encolhi os ombros e levantei-me, pegando em varias coisas - devias ter trazido mais, aviso-te já que como que nem uma besta

Olhei-o.
- Depois vamos ao mcdonalds. - sorri. - Desde que pagues.
Cruzei as pernas e peguei numa das sandes.
- Qual vai ser a recompensa?

- É essa a recompensa, eu pagar o mcDonalds - ri-me, comendo tudo o que tinha tirado, olhando-a - que foi? tenho alguma coisa na cara? - perguntei, levantando a sobrancelha

- Quero outra recompensa porque fui eu que dei a ideia.
Encolhi os ombros e continuei a comer.

- Queres o que? - perguntei mandando o papel da sandes a cabeça e rindo-me - queres uma foda é? - olhei-a, roubando outro pacote de batatas fritas - na boa, uma foda - encolhi os ombros

Assenti.
- Sim, pode ser isso. - desviei-me do papel e revirei os olhos. - E quero-a agora.
Levantei-me e tirei-lhe o pacote da mão, escostando-o ao sofá.
- E uma depois.

Ri-me quando ela me encostou ao sofá - o que? vais-me violar? - perguntei, prendendo os seus pulsos e rodando no sofá - eu disse-te que não era uma vitima facil - gozei. O telemovel começou a tocar e eu revirei os olhos encostando a testa ao seu ombro - eu ja volto - apontei-lhe o dedo e levantei-me, indo apanhar o telemovel no casaco e atendendo - blake sullivan

- Quero lá saber quem viola quem.
Senti-o prender-me os pulsos e rodar; de um momento para o outro afastou-se, atendendo o telemóvel.
Puxei-o para mim pela presilha das calças e rodeei-o com as minhas pernas, permanecendo quietinha a brincar-lhe com a t-shirt enquanto ele falava.

Apercebi-me que era a minha mãe e a sua voz estava diferente - que se passa? - perguntei, revirando os olhos quando a morena me puxou - sim mae estou aqui - disse
- blake, o connor morreu - disse com a voz arrastada e eu ri-me
- a sério mãe, agora entras nos jogos do con? - perguntei, revirando os olhos - ele é quase meu gemeo, só não o foi por tres meses por isso, não acredito. - ouvi uma voz por tras e arquei o sobrolho
- blake sullivan, é o teu pai e isto não é uma brincadeira ouviste? - disse com aquela voz rigida de quem tinha a mania que mandava
- pai? - perguntei, olhando para o numero, verificando-o. arregalei os olhos e afastei-me dela que mexia na minha camisola
- a sério? - perguntei e acabei por desligar a chamada - eu tenho de ir - peguei nas minhas coisas, saindo do seu quarto e indo a correr para o carro.

Continuei distraida a brincar com a sua t-shirt quando, do nada, se afastou, pegou nas coisas e saiu.
Arregalei os olhos e corri atrás dele, batendo com a porta; apanhei-o à beira do carro e aproximei-me lentamente.
- Blake? - chamei.

Entrei no quarto e arrumei as coisas que tinham ficado em cima da mesinha; sentei-me no sofá por um bocado mas acabei por me levantar, indo tomar banho.

** os posts a partir daqui são de Londres, caso contrário aparecerá um asterisco (*) antes do post **

Aterrei e já era de noite, dei um toque a Melissa e ela logo me disse que estava no seu carro, em frente ao aeroporto.
Saí do avião e peguei nas malas, arrastando-as pelas rodinhas até ao seu carro e abracei-a com força quando ela saiu.
- Ajuda-me. - pedi muito baixinho, sentindo-a mexer-me no cabelo.
- Shhh... - ouvia murmurar. - Está tudo bem mana. Está tudo bem.
Beijou-me a bochecha e eu limpei os olhos rapidamente, afastando-me. - Compraste o teste? - murmurei e vi-a assentir.
Ajudou-me a colocar as malas no carro e conduziu até casa.
Levou-me até ao meu quarto com medo que eu não me lembrasse do caminho, pensava eu. Mas quando lá cheguei vi a cena dos acampamentos que fazíamos em pequenas. Não evitei rir-me e olhá-la.
- Obrigada. - agradeci-lhe sinceramente.
Olhar para mim e para ela era como ver um reflexo. Apesar de, em termos de personalidades, sermos completamente diferentes. Voltei a abraçá-la e depois fui tomar banho, aproveitando para fazer o teste mas sem ver o resultado, dando-lho para a mão.
Aninhei-me na cama como uma criança e olhei-a rapidamente: - Já podes. - murmurei com a voz rouca.
- Mana... - começou, olhando o teste que eu lhe mostrara. - Estás mesmo grávida. - confirmou as minhas suspeitas.
Aninhei-me ainda mais com vontade de chorar e senti o seu corpo junto ao meu, a abraçar-me. Como que a proteger-me.
Acabei por adormecer no calor do seu abraço, como já não fazia desde pequena.

Como é que a miúda largava aquela bomba e depois saia assim? Se realmente sabia o que eu ia dizer, então muito bem.
Segui atrás dela até ao seu quarto e estava pronto para entrar e dizer-lhe o que tinha a dizer quando a ouvi a falar ao telemóvel sobre ir para Londres. Londres, Inglaterra?
Sai dali para ela não me ver e voltei ao meu quarto, isto não ia ficar assim. Andava a picar aqui um gajo durante semanas e depois pensava que podia dizer que estava grávida e ir-se embora.
Pus umas roupas na mochila e liguei para comprar um bilhete para Londres, em primeira classe obviamente.




*Londres*




Boa, agora não sabia onde o raio da miúda vivia. Comecei a procurar em listas telefónicas naquelas cabines todas esquisitas. Só me faltava isto, realmente não há nada como estados unidos. Não havia nada de uma Allison Forks, foda-se.
- Sir – gozei com o sotaque, revirando os olhos – Homem, conhece a Allison Forks, alguém relacionado com ela?
- Sim, os Forks moram em Elgin Avenue
- Obrigado – bati no peito do homem – tome lá uma coisa para ir beber um copo – dei-lhe uma nota e fui para onde ele dissera.

*Allison off*

Harry soube que Allison estava em Londres a partir do namorado de Melissa, que as tinhas visto juntas a ir para casa. Como Matt estava a trabalhar, decidiu ir sozinho até à residência dos Forks. Tocou à campainha e a empregada abriu, sorrindo-lhe e dando-lhe espaço para entrar.
- A Alli? - Harry perguntou, espreitando para a sala.
- Está a dormir, no quarto... - apontou as escadas. - Ainda se lembra onde é?
- Claro. - sorriu e subiu as escadas sem fazer barulho, abrindo a porta e vendo as duas irmãs abraçadas.
- Boa... - murmurou. - Agora quem é quem?

Se não fosse esta a casa eu voltava atrás e o homem ficava com a cara metida para dentro.
Só me faltava que não fosse e eu fizesse figura de parvo. Toquei a campainha, tentando meter um sorriso para parecer mais amigavel. Uma mulher abriu a porta e eu olhei para ela, ok com aquela roupa era empregada.
- Esta é a casa da Allison Forks ? - perguntei, fechando o punho a volta da alça da mochila.
- Sim, é. O que deseja da menina Allison ? - revirei os olhos. Olhe, fode-la, disse mentalmente.
- Eu sou um amigo dela, eu queria falar com ela se possivel - foda-se isto de ser simpatico dá trabalho.
- Hum, entre. A menina esta no quarto. É o primeiro à esquerda, tem uma letra na porta - deu-me indicaçoes e eu sorri, entrando e subindo até ao quarto, vendo um gajo a olhar para elas. Se aquele fosse quem eu estava a pensar, era bom que me saisse da frente.
Olhei para onde ele olhava e ela estava a duplicar, que m**** é esta? Ela tinha uma gémea? Aproximei-me da cama e pus-me de cocoras.
- Alli - chamei, acariciando-lhe a bochecha - camela

Ouvi chamarem-me e soltei um som incompreensivel, cheia de sono. Senti uma mão a acariciar-me a bochecha e estanquei quando percebi que a voz era de Blake.
É um sonho, Allison. É um sonho!
Abri os olhos lentamente e senti que Melissa acordava também. Parecia que andávamos ligadas.
Pisquei os olhos ao ver que Blake estava mesmo lá e arregalei os olhos, olhando em volta para me comprovar que estava no meu quarto. Em Londres.
- O que fazes aqui? - perguntei e depois olhei a porta, vendo Harry. - E tu como é que sabes que eu estou aqui?
Abanei a cabeça e enterrei-a na almofada.
- Melissa! - resmunguei, ouvindo-a rir-se e depois senti que saia de cima da cama.
- Não fiz nada maninha. Anda Harry... - puxou-o pelo braço e sentei-me na cama, vendo-a ainda fechar a porta; encarei Blake.

Revirei os olhos quando descobri que aquele era o Harry, que nojo de gajo, cabelo a gay.
- A serio Allison? O que é que eu faço aqui?
Sentei-me ao seu lado na cama, passando a mao pelo cabelo
- Pensas que podes largar aquela bomba e depois fugir para Londres?

Brinquei com o lençol e suspirei.
- Não fugi só por causa disso, Blake. - murmurei. - Sim, a principal razão foi essa. Não sei o que fazer. Mas... - engoli em seco. - Eu comecei a... gostar de ti.
Ouvi um ''uh'' e mandei uma almofada contra a porta.
- Melissa! Harry! Saiam daí! - gritei-lhes, ouvindo os passos deles a afastarem-se e depois voltei a olhar Blake.
- Não posso gostar de alguém que não consegue prender-se a outra pessoa.

- Uma coisa que podes fazer é abortar
Encolhi os ombros e revirei os olhos quando a ouvi mandar os outros embora.
- Eu vim até Londres atrás de ti, não vim? Isso deve significar alguma coisa
Passei a mão pelo cabelo e levantei-me
- Mas já tens ai o teu Harry para te fazer companhia, eu vou embora

- Não vou abortar. - resmunguei.
Suspirei.
- Gostas de mim? - murmurei.
Bufei, irritada, quando se levantou e puxei-o para a cama, sentando-me sobre as suas pernas para ele não se voltar a levantar; puxei-o pela t-shirt e deixei as nossas caras praticamente colocadas.
- Eu. Gosto. De. Ti. - disse lentamente.

Ouviu-se algo no corredor a fazer barulho e olhei para a porta
- Pelos vistos o teu Harry não gostou que dissesses isso
Encolhi os ombros, olhando-a
- Eu sei lá se gosto de ti, tu irritas-me

- Ele não é o meu Harry. - resmunguei e ouvi a porta a abrir; olhei Harry enquanto arqueava o sobrolho.
- Hmm... A tua irmã deixou aqui o telemóvel. - apontou para o objeto em cima da mesinha de cabeceira enquanto olhava para Blake com uma cara estranha; estiquei-me sem sair do colo de Blake e atirei-lho.
- Aí está. Agora desampara-me a loja, se faz favor.
Ele revirou os olhos.
- Desamparo-te a loja? - resmungou. - Agora é desampara-me a loja. Só te faltava dizer que gostavas de mim.
Fiz um sorriso cínico.
- Não te venhas declarar a mim, por amor de Deus. Vai-te embora, Harry.
Ele permaneceu quieto e levantei-me, empurrando quarto fora.
- Não me faças odiar-te! - disse-lhe baixo, fechando a porta e trancando-a.

Revirei os olhos, apoiando-me nos braços enquanto o gay falava.
- Pelos vistos, só faltava dizer que gostavas dele
Voltei a levantar-me
- Estás em boas mãos, ele dá um melhor papá do que

Revirei os olhos.
- Eu só fodia com ele! - resmunguei e caminhei até ele, olhando nos olhos. - Não. - disse logo. - Tu vieste, agora não vais a lado nenhum.
Sentei-o na cama novamente e sentei-me no seu colo, enrolando as pernas envolta do seu quadril.
- Ouve... - pedi. - Lembro-me de dizeres que não acreditas no amor. E que não queres ter filhos. - toquei no seu queixo. - Mas... eu não vou abortar. É uma vida que está a nascer. E será a geração mais sexy da minha família porque o pai é sexy. - ri-me levemente. - Elogiei-te. - fiz uma careta e voltei a ficar séria. - É o nosso bebé, Blake. - murmurei.

Revirei os olhos quando ela me voltou a sentar e sentou-se ao meu colo apesar daquilo não impedir nada, eu era mais forte que ela, apenas com um movimento e ela estava na cama e eu em pé.
- Se te lembras que disse isso, sabes que não quero esse bebé. Não queres abortar, isso é contigo mas não me peças que seja o pai. - disse muito sério - não é o nosso bebé alli, é o teu bebé. eu nunca quis isto e aposto que o harry vai querer, diz que o filho é dele e aposto que ele o assume
Pousei-a na cama quando ficou sem reacção
- Podes-me pedir tudo menos que crie um filho, e eu gosto de ti mas continuo a não quere-lo

- Não vou dizer-lhe isso! - resmunguei. - Ele não é burro. Faria as contas, ok? E eu não gosto dele. - olhei para baixo e suspirei. - É o nosso filho Blake. Não me interessa se não o queres. Não o vou matar. Foda-se. Não quero ser mãe, não agora. Mas aconteceu! E eu não o fiz sozinha.
Olhei-o.
- Se gostas de mim... - murmurei. - beija-me. - pedi.

- Então se não queres ser mãe, aborta
falei mais alto
- Tem o que? 1 mes? dois no maximo talvez, não fará diferença! não estás a matar uma criança com um ou dois anos
bati com os punhos na parede
- eu não vou assumir esse bebé
avisei, aproximando-me dela
- queres um beijo como prova que gosto de ti é?

- Não. - murmurei. - Não consigo Blake. - respirei fundo. - É nosso. Isso é o que faz diferença.
Assenti levemente.
- Preciso disso. - murmurei. - Um beijo. Um abraço. O que for. Mas... Eu estou a precisar disso. - admiti.