Quarto da Ruby Moore

Relembrando a primeira mensagem :



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Fiquei toda arrepiada com o beijo dele no meu pescoço e olhei-o rindo-me - É, prefiro. É mais sexy e tu consegues despir-me mais rápido.

Comecei a enfardar a comida e agarrei no caderno ainda sem o ver. Bebi um bocadinho da minha coca-cola e afastei o tabuleiro para ver o desenho. Sorri quando me vi a mim e levantei o olhar para ela.
-Eu sou mesmo sexy - passei a mão pelo cabelo.

Ri-me com a cara dele e enfiei-me debaixo das mantas, na cama ao lado dele. Toquei-lhe no braço despido e mordisquei o mesmo - Muito sexy. És o meu sexy. - disse com um sorriso enquanto metia um braço em cima do corpo dele.

-E está perfeito, tal como eu disse - coloquei o caderno em cima da mesa de cabeceira e ajeitei-me quando ela veio para o meu lado, encostando-me ao seu corpo. Fechei os olhos encostando a cabeça ao seu pescoço e sorri. - E tu a minha sexy - levantei o olhar - não teimes.

Ri-me quando ele me interrompeu mesmo antes de eu dizer seja o que fosse e mordi-lhe o lábio inferior, puxando-o com os meus dentes de seguida - Pronto, eu não reclamo. E tenho de te desejar mais vezes para não perder a prática.

Sorri passando a mão pela sua bochecha e beijei-a puxando-a muito mais para mim, colocando uma perna por cima da dela. Mordi-lhe o queixo e encostei-a ao meu peito fechando os olhos.
-Nunca perdes a prática.

Encostei-me mais para perto dele e fiquei a dar-lhe beijinhos na linha do maxilar e na zona superior do peito. Passei a pontinha dos dedos pelo braço dele e sorri - Eu adoro desenhar e por acaso já não o fazia à algum tempo. Quero desenhar-te mais vezes. Assim levo muitos desenhos teus para Londres.

-Eu também gosto de desenhar, principalmente desenhar-te a ti - toquei no seu maxilar com um dedo e delineei-o. - já sei desenhar-te perfeitinha sem te estar a olhar-te. - disse baixinho beijando-a. Sorri levemente quando falou em Londres - assim olhas para mim.

Sorri com o que ele disse e assenti com a minha cabeça - Eu também já te consigo desenhar de cor. Já conheço os teus traços todos. - disse com um sorriso enquanto me esticava para lhe beijar o maxilar. Assenti com a cabeça e sorri - Vou encher o meu quarto da universidade com desenhos teus. Vou deixar mais pessoas apaixonadas por ti.

-Não vais nada, eu só quero que sejas tu a apaixonada por mim - abracei-a com força e beijei-lhe o pescoço aos pouquinhos e devagarinho - eu estou tramado que não posso desenhar nas paredes do quarto das universidades e eu não gosto muito de papel - encolhi os ombros.

- E só vou ser eu a apaixonar-me por ti. - disse muito decidida - Porque tu és só meu. - ri-me com o que ele disse e assenti - Tens de aprender a desenhar no papel, amor. Ou então foges e desenhas nas parederes da rua, seu rebelde.

Sorri roçando o meu nariz no dele e fechei os olhos encolhendo os ombros - Eu sei desenhar no papel - fiz uma careta - mas não tenho paciência, não é em tamanho real. - encostei a cabeça ao seu ombro e fechei os olhos - eu fazia isso várias vezes, atrás das paredes de uma casa ao pé do jardim - ri-me baixinho.

- Ainda és expulsos da universidade. - disse rindo-me apesar daquilo não ter piada nenhuma. Rocei o nariz na pele do pescoço dele enquanto me aninhava contra o peito dele - Vou ter saudades do teu quarto daqui todo desenhado.

Beijei o seu maxilar devagarinho e encolhi os ombros.
-Era da maneira que ia ter mais depressa contigo. - murmurei fazendo uma careta e sorri quando falou no meu quarto - eu venho para aqui todos os verões, não há que ter saudades.

- Não quero que vás ter comigo por más razões. - disse passando a ponta dos dedos desde o nariz dele até ao seus lábios, desenhando linhas imaginárias nos mesmos. Assenti com a cabeça e sorri levemente - Pena demorar sempre montes de tempo até ao verão.

Fechei os olhos com as duas festinhas e encostei-me a ela abraçando-a com força e suspirei baixinho.
-Vai passar rápido, eu vou visitar-te quando não tiver exames, já está prometido não já? - perguntei sorrindo-lhe um bocado forçadamente.

Assenti com a cabeça e rocei os lábios pelo pescoço dele, sorrindo contra o mesmo - Sim, tu vais visitar-me muitas vezes. - queria tanto acreditar naquilo, podia ser que se tornasse realidade mais rapidamente - E vamos ver-nos sempre.

Assenti com a cabeça e engoli em seco, estava cheio de medo é que ela encontrasse um gajo interessante e sem problemas, totalmente o contrário de mim. Baixei a cabeça para a beijar e olhei para o relógio para me situar.
-Quando é que vais? - perguntei baixinho.

Apertei melhor o braço que tinha por cima do tronco dele e fechei os olhos com a cara encostada ao peito despido dele - Dois dias antes do verão acabar. Tenho de arrumar as minhas coisas e fazer as mudanças de casa para a universidade.

Assenti a cabeça com um aperto no meu peito a formar-se e encostei a cabeça à dela de olhos fechados apertando-a contra mim respirando fundo.
-Estas conversas só estragam os bons momentos que devíamos ter. - murmurei, mas era tão inevitável.

- Eu sei. - disse baixinho ainda toda encostada ao peito dele - Mas temos de falar destas coisas, não podes não fazê-lo. - dei-lhe um beijinho na pele despida e fechei os olhos - Eu amo-te e não te vou deixar nunca. Por isso não interessa onde estejamos.

Fechei os olhos encostando a cabeça à sua e apertei-a contra mim.
-Não vais encontrar um rapaz mais interessante e sem problemas mentais - revirei os olhos - e que não se ande a matar pois aí, pois não? - perguntei baixinho.

Ri-me baixinho com o que ele disse e abanei a cabeça - Claro que não, Kev. Eu amo o meu rapaz interessante com problemas mentais que se anda para ai a matar de vez em quando. - toquei-lhe nos lábios - Foi por esse rapaz que eu me apaixonei, não quero outro.

Sorri levemente quando ela se riu e fechei os olhos encostando-me a ela. Assenti com a cabeça conforme o que ela dizia e falava abraçando-me à sua cintura.
-Ainda bem - murmurei. - não quero que me deixes.

- Não te vou deixar, amor. - beijei-lhe os lábios repetidamente - Eu só te amo a ti e não quero mais nenhum, só a ti. - sorri-lhe - Eu amo-te, Kev. Posso ir para Londres mas não te vou esquecer e vou continuar a sentir o mesmo.

Assenti com a cabeça e beijei-a mais uma vez apertando-a contra mim.
-Eu sei - disse tocando-lhe na bochecha - mas - encolhi os ombros encostando a cabeça à dela e fechei os olhos - são uns meses.

Continuei a meter as minhas coisas para dentro da mala. Já só faltava algumas das coisas que tinha no quarto, a roupa e tudo o resto já estava. Olhei para o meu caderno de desenhos e suspirei, guardando-o também na mala. Daqui a umas poucas horas estava de volta a Londres em minha casa.

Encostei-me à porta do quarto e bati devagarinho abrindo-a logo a seguir. Tinha ido ao camp vestir alguma coisa e tomar banho. Passei as mãos pelo cabelo já seco e todo nojento e fui ter com ela, passando as mãos pela sua cintura e beijando-lhe o pescoço.

Encostei-me ao Kev e suspirei baixinho. Quando mais o tempo passava, mais próximo de ir embora estava. E eu não queria.
- Acho que já está tudo.

Abracei a sua cintura e encostei a cabeça ao seu ombro ficando a olhar pela sua mala. Estava com uma coisa no estômago que só me dava vontade de ir à casa de banho e vomitar tudo o que tinha comido antes, saber que ia voltar a ficar sozinho aqui não era uma coisa fácil de aceitar. Sim, tinha Jack e ele era uma das pessoas que me faziam ficar aqui, mas ele ainda não gostava muito de mim, não valia a pena tentar conectar-me com ele.
-Falta o meu beijinho - sorri levemente.

Virei-me de frente para ele e coloquei os braços à volta do seu pescoço, metendo-me em bicos de pés de seguida para conseguir beijar-lhe os lábios como deve ser.
- Assim que chegar a Londres vou ligar-te, está bem? - falei baixinho com o olhar fixo no chão.