Quarto da Ruby Moore

Ri-me dando-lhe a mão - eu não te vou largar - disse pedindo uns patins com o meu número. Demorou apenas uns segundos até mos darem. Agarrei neles e fui até onde se entrava no espaço. Sentei-me calçando os patins e antes de me levantar, olhei para Ruby, que já estava pronta, agarrando-lhe a mão para que ela me ajudasse até estar no gelo. Eu até me desenrascava, mas podia correr mal.

Pedi o meu número e assim que me deram os patins, fui sentar-me no banquinho para descalçar os meus sapatos e me calçar. Agarrei na mão do Kev e ri-me enquanto caminhávamos para a pista de gelo - Vai correr bem, da outra vez só caiste umas duas vezes e para alguém que estava ali a primeira vez isso é bom. - dei-lhe um beijinho no maxilar e sorri mal entrei na pista - Até me agarraste por isso aqui vai correr também bastante bem. - olhei para a Lilly e tentei não me rir - Se não a minha irmã vai bater-te, olha só aquela cara de má.

-Até voltar a ter o jeito vai dar mais umas cinco quedas - reclamei já no gelo e comecei a andar devagarinho e desajeitadamente, para depois passado um bocadinho, já me conseguir desenrascar. Olhei Lilly e ri-me juntamente com Ruby - ela não precisa de me bater, se for preciso até a agarro a ela. - fiz um sorriso maroto.

Fui andando devagarinho pelo gelo, à volta da pista enquanto ia ao lado do Kev e ri-me com o que ele disse - És muito grande para ires agarrado a ela, se tu cais, caem os dois. - queixei-me com um pequeno sorriso nos lábios. Afastei-me ligeiramente mais para o centro da pista e aproveitei que estava bastante vazia para rodar como fazia em pequena quando andava na patinagem. Tinha saudades de patinar mas tinha deixado de achar tanta graça à competição e nos tempos livres tinha menos tempo para isso.

-Não sou nada - disse num tom queixoso quando olhei de novo para Lilly e ri-me - tens razão, mas tu não queres é que eu faça com ela e faça contigo - afastei-me dela quando decidiu começar a fazer piruetas mas rapidamente voltei - faz questão de me avisar quando te afastas, ou ainda mando um espalho dos grandes- disse agarrando-me à sua mão.

Agarrei na mão do Kev, entrelaçando os nossos dedos e ri-me com o que ele disse - Desculpa, Kevy. Não volta a acontecer. - cheguei-me com ele novamente para o cantinho da pista de dança e continuámos a andar às voltas pela pista - E tu não vais cair porque tu és bom a patinar. - dei-lhe um beijinho rápido na bochecha para que não acontecesse nenhum acidente e fossemos mesmo parar os dois ao meio do chão.

Olhei para os meus pés e arregalei os olhos quando comecei a patinar e quase a cair. Fiz força na mão de Ruby e felizmente consegui controlar-me - nota-se - disse assentindo com a cabeça abrindo um espaço entre nós para que Lilly passasse por baixo dos nossos braços, que continuavam agarrados. Ri-me olhando para ela e bastou só isso para cair de rabo no chão, largando Ruby, antes que caísse comigo. Apesar de tudo, continuei a rir-me sentando-me no gelo.

- A sério, tu és bom nisto para quem nunca o fez. - disse-lhe com um meio sorriso. Afastei-me para o lado deixando-me estar de mãos dadas com o Kev e ri-me mal a Lilly passou por baixo dos nossos braços toda alegre. Quase nem consegui perceber o que se passava, num instante estávamos a andar bem, no instante seguinte o Kev tinha largado a minha mão e estava caido de rabo no gelo. Tentei controlar-me mas não consegui ficar sem rir - Estás bem?

Sorri quando me voltei a levantar tentando não voltar a cair outra vez e assenti com a cabeça - estou óptimo - agarrei-lhe de novo na mão e puxei-a para lhe beijar os lábios. - mas tu tiveste sorte de não caires comigo - disse voltando a patinar, desta vez, e felizmente, sem cair ou derrapar.

Ri-me contra a boca do Kev e encolhi os ombros - Não faz mal, se caisse era em cima de ti e não fazia mal, era almofadado. - disse com um meio sorriso antes de continuar a patinar.
- Kev, Kev. - chamou a Lilly assim que chegou novamente atrás de nós - A mana contou que pegaste nela ao colo... - começou ela de mansinho com aquele ar de santinha dela - Podes pegar-me também? - ela levantou o olhar fazendo-lhe olhinhos.

Semicerrei os olhos quando ela disse que eu era almofadado - estás a chamar-me de gordo? - perguntei passando a mão que não estava agarradao a ela pelo meu peito, não tinha engordado muito, apesar de já não estar tão "seco" quanto estava. Olhei para Lilly quando ela me chamou e ri-me ao perceber onde é que ela queria chegar - eu sou muito grande para ti - avisei-a - mas podemos tentar se vieres devagar.

Ri-me com a pergunta do Kev e abanei a cabeça - Não, tu estás ótimo. - disse com um revirar de olhos - O que eu disse foi que se caisse em cima de ti, era mais molinho que cair no gelo. - voltei a olhar para a Lilly que continuava a fazer olhinhos e de beicinho e abanei a cabeça com um sorriso - Fazes-lhe as vontades todas. - queixei-me para o Kev e afastei-me para que eles tivessem espaço para que a Lilly saltasse para o Kev.

Ri-me quando Ruby reclamou que eu fazia as vontades todas a Lilly e abanei a cabeça - olha quem fala, mimada - olhei-a com um sorriso. Afastei-me de Lilly esperando que ela viesse na minha direcção e assim que ela chegou a mim agarrei-a o colo rindo-me com o seu sorriso - pronto pirralha - voltei a senta-la - é melhor voltares para o chão antes que caíamos.

Revirei os olhos com o que o Kev disse e deitei-lhe a língua de fora - Até parece, mimado. - encostei-me à parede e olhei para os meus pais assim que eles pararam também ao meu lado com um sorriso enquanto olhávamos para o Kev e para a Lilly que desatou a rir assim que o Kev a meteu no chão.
- Foi tão fixe! - disse ela com os olhos brilhantes enquanto vinha ter comigo para se agarrar às minhas pernas - Também quero um Kev quando crescer.

Ri-me quando Lilly voltou a ficar toda feliz e fui ter com elas - também vais ter e um muito melhor - toquei-lhe na ponta do nariz - depois a mana ajuda-te a escolher - pisquei-lhe o olho e olhei para Ruby com um sorriso. - É a tua vez, não queres tentar? - perguntei com um sorriso maroto afastando-me delas tentando não cair.

Fiquei a dar festinhas no cabelo da Lilly que continuava encostada a mim e sorri com o que o Kev disse - Por enquanto pensa só nas bonecas, depois eu ajudo-te a arranjar um Kev quando tiveres idade para isso. - mal ela ouviu o Kev dizer que era a minha vez, largou-me logo para se ir agarrar aos meus pais. Aproximei-me do Kev, dando-lhe um beijinho na bochecha e sorri contra a mesma - Não sei se é muito boa ideia eu ajudá-la. O nosso primeiro encontro podia ter sido melhor e se ela for como eu nos copos.. - mordi-lhe a bochecha antes de me afastar para dar espaço para saltar e ele me apanhar - Não é muito boa ideia. - completei recordando-me da fonte e também tinha havido aquele banho.

Agarrei na sua cintura quando se saltou e beijei-lhe os lábios quando a voltei a colocar no chão - não tens que estar preocupado com a vida sexual da tua irmã - disse-lhe baixinho com um sorriso - aposto que ela vai ser muito mais bem comportada que tu - mordi-lhe o maxilar e recomecei a deslizar no gelo.

Agarrei-me ao Kev assim que ele me meteu no chão e ri-me com o que ele disse, dando-lhe um encontrão com pouca força para que ele não caisse - Até parece. - queixei-me com um revirar de olhos - Eu era uma santa até te conhecer. - disse apontando para ele - Além do mais, tu é que entraste na banheira onde eu estava e tu é que me embebedas-te. Por isso a culpa foi tua. - disse com um sorrisinho - Deixaste-me tarada.

Olhei-a quando me começou a pôr as culpas para cima e ri-me - pelo menos tenho culpas de uma coisa que não me arrependo - disse com um sorriso, sem querer mencionar as outras coisas que estavam subentendidas - Eu gosto de ti tarada - disse parando e fazendo com que ela parasse também - até porque tu não és a mais tarada.

Assim que parámos como estávamos bastante perto da zona que rodeava a pista de gelo, não incomodávamos ninguém, até porque a pista estava praticamente vazia. Coloquei os meus braços à volta do pescoço do Kev para o puxar mais para mim e beijei-lhe os lábios - Eu também não me arrependo de nada, nem de te ter confundido pelo Jack e te ter levado para o meu quarto. - encolhi os ombros - E mesmo que não tivesse achado que eras o Jack tinha-te ajudado. Saio à minha mãe nisso.

Sorri ao lembrar-me da primeira vez que a vi, tinha sido mais uma alucinação que outra coisa e mal me lembrava, estava tudo desfigurado na minha cabeça por causa de ter ficado tão mal - foi por isso que te chamei de anjo - beijei-lhe a bochecha - e ainda bem que não me levaste para o hospital, não queria nada ter passado por maluco alcoolico - encolhi os ombros.

Sorri mal me recordei desse momento que apesar de não ter sido muito feliz, trazia boas recordações - Eu fiquei meio assustada quando acordaste e te puseste a dizer essas coisas mas acho que logo nesse momento gostei um bocadinho de ti. - dei-lhe um beijinho na pontinha do nariz e puxei-o para que nos dirigissimos para a zona de saida do ringue de patinagem - Foste conhecer o meu quarto, era muito mais giro e eu fiz um ótimo trabalho como enfermeira. - disse com um sorriso.

-Sou adorável - disse depois dela ter dito que começou logo a gostar de mim e ri-me tentando nao cair quando saímos do ringue. Tirei os patins que já me estava a doer nos meus pés de princesa e calcei as minhas sapatilhas - Pois fizeste - disse com um sorriso, ela só tinha feito porque dessa vez tinha-me cortado com vidro e não com facas. Eu era mesmo maluco, aliás, não era, eu ficava quando bebia alguma coisa, era como se o alcool e as drogas trouxessem todos os aspectos negativos que eu tinha.

- Pois és. - concordei com um sorriso e assim que me voltei a sentar no banco, descalcei os patins, calçando de novo os meus sapatos. Fiz-lhe uma festinha no cabelo antes de o beijar e sorri contra os seus lábios - E depois disso tu ficaste um mauzão. - relembrei-o fazendo-lhe cara feia - Mas mesmo assim eu não me afastei. - continuei com um sorriso todo espertinho e levantei-me - Queres passar o resto do dia de natal só comigo? - perguntei-lhe depois de olhar para a minha família ainda no ringue - Agora não vai acontecer nada de especial. - e nós tínhamos que aproveitar.

Sorri quando disse que eu tinha ficado todo mauzão. - eu não estava assim tão mau - encolhi os ombros - mas a melhor parte de tudo foi conhecer o cookie - gozei beijando-a quando se aproximou de mim. Passei os dedos pelo seu maxilar e puxei-a para o meu colo assentindo com a cabeça - quero - murmurei - para onde é que me vais levar agora?

Deitei-lhe a língua de fora mal ele disse que a melhor parte tinha sido conhecer o cookie e sentei-me no colo dele com um sorriso, passando os meus lábios pelo seu maxilar - Para onde tu quiseres. - respondi-lhe com um sorriso - Tu é que não conheces isto por isso onde tu quiseres ir eu levo-te. - deitei a minha cabeça no ombro do Kev enquanto me deixava estar abraçada a ele. Não queria que o tempo passasse.

Abracei-lhe a cintura e encolhi os ombros - é mesmo por conhecer que devias ser tu a mostrar-me - apertei-lhe o nariz com pouca força e beijei-lhe os lábios - vamos ao big ben, eu gostei dos bancos de jardins lá. - fiz um sorriso todo maroto e beijei-a mais uma vez - temos que avisa-los - olhei para Lilly toda divertida.

Deitei-lhe a língua de fora assim que o Kev me apertou o nariz e semicerrei os olhos com o que ele disse - Kevin Brief Grant és um tarado e depois dizes que sou eu. - abanei a cabeça levantando-me do colo dele e aproximei-me do ringue de gelo onde os meus pais e a minha irmã continuavam - Eu e o Kev vamos sair. - avisei-os com um sorriso e retribui o adeus deles antes de me agarrar à mão dele para o puxar dali para fora.

Disse adeus com a mão e virei-me para sairmos dali olhando-a - eu não sou nenhum tarado - defendi-me - só me estava a lembrar. Sou tão tarado quanto tu que te estiveste a esfregar em cima de mim na fonte - fiz um ar todo superior para depois me rir e puxar mais para mim, abraçando-lhe a cintura - também te amo.

Ri-me com o que o Kev se meteu para ali a dizer e abanei a cabeça - Eu estava bêbada por causa de ti, não tenho culpa. - resmunguei e encostei-me completamente ao peito dele mal ele colocou os braços à volta da minha cintura para me puxar para si - Até porque se bem me lembro, nunca te ouvi dizer para eu parar. - disse-lhe com um sorrisinho enquanto me esticava para lhe conseguir beijar o maxilar - O Big Ben é aqui perto, anda.