Cascata

Relembrando a primeira mensagem :

nao me mates chascas

Estava ainda a olhá-lo, de sobrancelhas levantadas, à espera da sua resposta quando Jack me voltou a puxar, o que fez com que eu voltasse a andar.
- Importaste de me explicar o que é que se está a passar? - perguntei, sem perceber o porquê daquilo tudo, mas nem por isso parei de andar, só o fazendo quando finalmente chegámos junto da nossa tenda. Enfiei as mãos dentro dos bolsos do casaco, ainda a estremecer por não gostar daquela floresta, mas deixei isso de parte, voltando a colocar-me à frente dele.- o que é que aconteceu Jack?

Abri a tenda e deitei-me dentro dela sem dizer nada. Passei as mãos pelo peito, estava a ofegar ainda por ter corrido tanto. - Queriam assaltar-me - disse sentando-me quando já estava com a respiração regulada. - Desculpa - murmurei - ele apanhou-me surpresa e tinha uma faca e tive que lhe bater para me deixar em paz - engoli em seco falando tudo de rajada.

Tenho de confessar que quando Jack entrou para a tenda sem me dizer nada eu fiquei ligeiramente irritada, porque é que ele não falava? Eu não gostava quando aconteciam coisas e eu não sabia o que era, começava logo a magicar e isso, não era nada bom. Soltei um suspiro frustrado e acabei por entrar para a tenda pouco depois de ele o ter feito.
- Importas..- nem tive tempo de terminar porque quando finalmente o ouvi falar, a minha frase ficou a meio.- tentaram assaltar-te? - repeti, sentindo o coração começar logo a bombardear-me o peito.- quem é que te tentou assaltar? - perguntei, nem esperando que respondesse.- oh meu deus, tu estás bem? - perguntei aflita, rastejando logo até junto dele, parando o meu olhar na sua ferida.- oh amor..- passei as pontinhas muito ao de leve pela mesma e depois abracei-me a ele. Não conseguia parar de pensar no facto de quem quer que fosse ter apontado uma faca a Jack, eu não sabia o que seria de mim se lhe tivesse acontecido alguma coisa.

Encostei-me a ela mal a senti abraçar-me e assenti com a cabeça quando me perguntou se estava tudo bem. - Tenho só a mão dorida - olhei para a mesma vendo que o punho estava ligeiramente avermelhado por causa do soco que lhe tinha dado. Olhei para ela beijando-lhe os lábios - desculpa, não te queria preocupar - pedi colocando a mão que estava boa dentro do bolso em que tinha guardado o embrulho para ela e estiquei-lho com um meio sorriso - feliz natal - murmurei.

Juntei as sobrancelhas assim que o ouvi dizer que tinha a mão ferida e afastei-me ligeiramente para olhar para a mesma, debruçando-me até lha conseguir beijar.
- Depois precisamos de voltar à cidade para comprar algum creme para isso não ficar pior.- disse, voltando a levantar o olhar para ele.- e nem penses em reclamar, não podes deixar que inche.- encolhi os ombros, sorrindo contra os seus lábios quando os senti nos meus e logo me endireitei mais séria quando o vi levar a mão que não estava dorida dentro do bolso. Levantei as duas sobrancelhas, mal olhei para o embrulho que de repente aparecia na sua mão, e foi inevitável não sorrir quando percebi que tal como eu, ele se tinha lembrado.- não precisavas de ter gasto dinheiro comigo amor.- disse, apesar de estar a agarrar no embrulho. Sentei-me ao colo de Jack, visto que já estava praticamente em cima dele, e comecei a rasgar o papel com cuidado, até tirar de lá de dentro um fio. Mordi o lábio, mal vi o coração no fim do colar e senti o meu próprio coração disparar.- oh Jackie..- murmurei, já com as lágrimas nos olhos e voltei a virar-me para ele, para o abraçar de novo.- é tão lindo, obrigada.- eu nunca tinha sido o tipo de rapariga de usar aquelas coisas, mas o colar era tão lindo e tinha tanto significado para mim, que eu só queria colocá-lo e nunca mais o tirar.

Mordi a parte interior do lábio quando a vi olhar o fio e sorri quando disse que era lindo. Encolhi os ombros enquanto o olhava também - não é nada de especial, mas foi o melhor que encontrei - sorri um bocadinho - não podia passar o natal sem te dar um presente. - sorri um bocadinho - nunca tinha dado um presente - admiti rindo-me baixinho.

- É lindo amor.- repeti quando ele disse que não era nada demais e estiquei-me até lhe dar um beijinho, sem deixar de estar muito encostadinha a ele.- e só por ter sido uma prenda tua, é mais lindo ainda.- disse, já a ficar toda lamechas e sorri ao ouvi-lo dizer que nunca tinha dado um presente.- sinto-me bastante lisonjeada por isso.- disse na brincadeira, apesar de ser verdade, e roubei-lhe mais um beijinho, esticando depois o fio na sua direcção.- podes colocar-mo? - pedi com um ar maroto.- é que preciso de ter as mãos livres para te dar o teu presente.

Ri-me quando ela começou a ser toda lamechas e agarrei no fio que lhe tinha comprado. - Ponho - murmurei tentando pô-lo atrás do seu pescoço, e como era fácil foi num instante. Arregalei os olhos quando ela falou na minha prenda e levantei uma sobrancelha - não era suposto comprares nada - disse abanando a cabeça.

Agarrei no meu cabelo, para que Jack me pudesse colocar o colar e sorri assim que vi o pequeno coração pousar sobre o meu peito, estava realmente apaixonada por ele. Virei-me de novo para o meu namorado, depois de passar as mãos pelo cabelo e logo revirei os olhos quando começou com aquelas suas coisas de que não era preciso dar-lhe um presente.
- Mas eu quero dar.- resmunguei, com um sorriso.- por isso está caladinho.- mandei-lhe um beijinho pelo ar e estiquei-me até às nossas mochilas, tirando debaixo delas o saco com o álbum que eu tinha comprado para ele.- eu não tive tempo para arranjar um embrulho.- murmurei com um suspiro.- espero que não te importes.- voltei a virar-me para ele, estendendo-lhe o saco.- e espero que gostes.

Calei-me quando ela disse para eu estar caladinho. Agarrei no saco que me estendia sorrindo quando disse que não tinha tido tempo de arranjar um embrulho - não me importo com isso - murmurei tirando um álbum de fotografias lá dentro. Sorri levemente quando o abri e ri-me ao ver certas fotos. - Amo-te - murmurei beijando-lhe a testa. - mesmo.

Cruzei as pernas à chinês, ficando a olhá-lo em silêncio enquanto ele abria o álbum e mordisquei o meu lábio inferior com força, só esperava que ele gostasse. Sorri ao ouvi-lo rir-se, imaginando porque seria e assim que senti o seu beijinho na minha testa, beijei-lhe o queixo.
- Gostaste? - perguntei baixinho, esticando-me até lhe beijar os lábios.- eu também te amo.- disse com um sorriso.- mas ainda falta uma coisa.- agora sim, eu estava oficialmente nervosa. Voltei a afastar-me dele, esticando-me até às minhas coisas e tirei do bolso pequenino da minha mochila a pulseira que a minha mãe me tinha dado. Respirei fundo ao olhar para ela, mas tentei não o fazer muito, voltando a olhar para Jack.- esta pulseira foi a minha mãe que me deu.- disse baixinho, apertando-a ligeiramente na minha mão.- e quando ela me deu, ela disse-me que eu era a pessoa mais importante na vida dela.- baixei o olhar, sentindo o meu coração apertar-se.- ela disse que eu era a pessoa que ela mais amava.- voltei a subir o olhar para ele.- e é por isso que eu quero que fiques com ela.- sorri ligeiramente.- porque és a pessoa mais importante da minha vida, porque eu te amo com tudo o que tenho e porque quero que fiques para sempre na minha vida.- peguei-lhe na mão, pousando a pulseira na palma da mesma.

Levantei uma sobrancelha quando ela disse que faltava uma coisa e ia resmungar e dizer que ela não podia andar a gastar o dinheiro dela com coisas para mim quando ela me deu uma pulseira. Abanei a cabeça quando percebi qual era a pulseira e fiquei calado enquanto ela falava, eu gostava do que ela estava a fazer, mas não queria ao mesmo tempo - não - murmurei - tu também és a pessoa mais importante da minha vida - disse-lhe - mas eu não vou aceitar a pulseira. - abri a mão - é a única coisa que tens da tua mãe, eu não vou aceitar - agarrei-lhe na mão voltando a dar-lha.

Juntei ambas as sobrancelhas quando o ouvi dizer que não e logo suspirei assim que percebi o que ele ia fazer. Ele ia recusar, estava mais do que visto. Revirei os olhos, mal pousou de novo a pulseira na minha mão e foi a minha vez de abanar a cabeça.
- Eu quero que aceites Jack.- disse, olhando-o.- eu preciso que aceites.- voltei a suspirar, voltando a dar-lhe a pulseira.- por favor amor.- cheguei-me mais para ele, até o conseguir beijar.- eu quero mesmo que fiques com ela. - falei contra os seus lábios, encostando a minha testa à sua enquanto olhava os seus olhos.

Suspirei quando ela disse que queria e que precisava que eu aceitasse e eu apenas abanei a cabeça - eu sei que me amas - murmurei - eu sei que sou importante para ti, isso não vai mudar, eu sei de tudo e é reciproco, mas eu não vou aceitar a única coisa que tens da tua mãe como prenda - murmurei beijando-lhe os lábios que estavam muito ao mesmo alcance - desculpa - pedi.

Mal o vi abanar a cabeça percebi que nada do que eu lhe tinha dito tinha servido para alguma coisa.
- Porque é que é tão difícil para ti aceitares o meu presente? - perguntei, afastando ligeiramente os meus lábios dos seus para poder falar.- eu tenho uma foto da minha mãe.- acabei por dizer.- só queria que aceitasses o meu presente.- disse.- mas tudo bem, não te vou obrigar a nada.- encolhi os ombros e pousei a pulseira ao lado dele.- fica aí para quando decidires aceitá-la.- murmurei, saindo do seu colo e fui buscar um casaco para vestir.

Suspirei ao perceber que já nos íamos chatear por causa de um maldito presente e olhei para a pulseira ao meu lado enquanto ela se afastava. Porque é que era difícil de perceber? - Se eu tivesse alguma coisa da minha mãe verdadeira eu nunca a ia deixar - murmurei ainda a olhar para a pulseira - é só isso. - mordi o interior da bochecha.

Estava ainda de costas para Jack, a apertar o casaco, quando o ouvi falar. Mordi a parte de dentro da minha bochecha com força, soltando um suspiro e olhei para ele por cima do ombro.
- Eu só queria mostrar-te como és importante, queria que ficasses com alguma coisa que nunca te fizesse esquecer disso.- encolhi os ombros. Além do mais, a minha mãe tinha-se ido embora sem mim, não havia muito mais para recordar.

Agarrei na pulseira ainda sem a pretender aceitar e suspirei quando começou a falar - não é não aceitar a pulseira que me vai fazer esquecer isso - disse aproximando-me dela e agarrei-lhe na mão enfiando-lhe a pulseira de novo - fica com ela, podes dar-me outra coisa - encostei a minha cabeça ao seu ombro esperando que ela não se afastasse de novo.

Acabei mesmo por me virar para Jack quando começou a falar. Suspirei, mordiscando o meu lábio e baixei o olhar para o meu pulso quando ele me colocou a pulseira, estava mais do que visto que ele não a ia aceitar.
- Só não te esqueças.- murmurei baixinho.- não quero que te esqueças, nunca.- abracei-o, assim que se voltou a encostar a mim e subi de novo para o seu colo.- e eu vou dar-te outra coisa.- falei no mesmo tom, juntamente com um revirar de olhos pequenino.- sou mais teimosa do que tu.

Sorri quando ela não pareceu ficar mais chateada e abanei negativamente a cabeça - não - murmurei - eu não me esquece - puxei-a para mim e beijei-lhe os lábios abraçando-lhe o corpo. Levantei as sobrancelhas quando disse que ia dar outra prenda e abanei a cabeça com um sorriso. - está bem, senhora teimosa.

Levantei a minha cabeça, que tinha pousado no seu ombro, para o poder beijar e sorri contra os seus lábios, passando as pontinhas dos meus dedos pela sua bochecha, à medida que me chegava mais para ele.
- Amo-te.- murmurei baixinho, ainda com os lábios colados aos seus e semicerrei os olhos quando me chamou de senhora teimosa.- se é assim, somos um casal de teimosos, deixa-me que te diga.- murmurei, mas logo sorri, abraçando-me ao seu pescoço.- feliz natal amor.

Abracei-a da mesma forma que me abraçou beijando-lhe os lábios e sorri um bocadinho quando me desejou feliz natal - feliz natal Sam - murmurei deixando a minha cabeça cair em cima do seu ombro - sabes, pode não ter sido o Natal mais rico da minha vida, mas isso não quer dizer que tenha sido o pior - sorri um bocadinho - pelo menos estive contigo.

Sorri ao sentir os seus braços em redor do meu corpo, proporcionando-me aquela mesmo sensação de segurança de sempre, e depois de retribuir ao seu beijo, levei as mãos ao seu cabelo, ficando a fazer festinhas no mesmo enquanto o ouvia falar. Sorri com o que disse, apertando-o contra mim e rocei os meus lábios na sua testa.
- Para mim, este foi o melhor natal de sempre.- assenti.- porque tu és a melhor prenda que me podiam ter dado.- fiz uma pequena careta depois de o ter dito, andava a ficar demasiado lamechas.- e apesar de eu estar a ficar bastante lamechas por tua causa.- ri-me baixinho.- eu amo-te Jackie.

Ri-me por estar a ser tão lamechas, ela não era assim quando eu a tinha conhecido, mas isso não queria dizer que ela estivesse pior, porque eu até gostava de quando às vezes ela era lamechas comigo. Nunca ninguém me tinha coisas simples, nem um "adoro-te". - Eu também te amo Sammy - murmurei beijando-lhe os lábios ao mesmo tempo que a deitava.

Semicerrei-lhe os olhos assim que o ouvi rir-se, mas rapidamente sorri mal disse que também me amava. Por mais tempo que passasse eu sabia que ouvi-lo dizer aquilo ia sempre ter o mesmo efeito em mim. Agarrei-me ao seu pescoço, retribuindo ao seu beijo e fui inclinando-me para trás à medida que ele fazia com que isso acontecesse. Sorri contra os seus lábios, puxando-o comigo e continuei a beijá-lo.

Continuei a beija-la à medida que ela me puxava para vir com ela e afastei-me para reestabelecer o ar. Passei as mãos pela sua cintura e subi devagarinho ela sua barriga, por baixo da sua camisola e dos seus casacos. Sorri quando decidi retirar o casaco e afasta-lo do seu corpo e tirei também o meu ficando a beijar o seu maxilar calmamente.

Sorri contra os seus lábios, assim que as minhas costas embateram no colchão, e abri os olhos devagarinho, ficando a olhá-lo enquanto sentia as suas mãos pelo meu corpo. Elevei ligeiramente o corpo, quando foi para ele me retirar o casaco, e depois ajudei-o a despir também o seu, voltando a fechar os olhos assim que senti os seus beijinhos. Deslizei as mãos pelo seu peito ainda tapado e apertei a sua camisola nas minhas mãos, tentando colar-me o mais que consegui a ele.

Quando a senti tentar colar-se ao meu corpo encostei-a ao meu corpo puxando-a pelo fundo das costas e beijei-lhe o maxilar descendo os meus lábios pelo seu corpo e enfiando as mãos pela sua camisola passando os dedos pela sua barriga e puxando-a ligeiramente mais para cima quando subi ainda mais para cima.

Sorri satisfeita mal senti o meu peito embater no dele e apertei mais as minhas pernas em volta da sua cintura, sentindo depois os seus lábios vaguearem pelo meu corpo. Fechei os olhos com um suspiro prazeroso, deslizando os dedos pelo seu cabelo, e ao mesmo tempo que o sentia puxar-me a camisola para cima, comecei também a puxar a sua. Elevei ligeiramente o meu corpo, para o ajudar a despir-me e depois, despi também a sua camisola, atirando as duas para um canto qualquer da tenda. Voltei a deixar o meu corpo descair, dedilhando as suas costas com as pontinhas dos meus dedos e tentei elevar-lhe o rosto, de modo a conseguir chegar de novo aos seus lábios.

Depois da minha camisola e da dela estar fora do nosso corpo senti um arrepio de frio, e tive que puxar a manta mais fina para cima de nós os dois, sem parar de beijar o seu corpo. Levantei a cara quando ela me pediu e olhei os seus olhos vendo que ela queria beijar-me. Puxei-a mais para mim beijando-lhe os lábios e suspirei contra os mesmos dando-lhe festinhas nas pernas, por cima das calças.