Quarto da Ruby Moore

Relembrando a primeira mensagem :

Ri-me dando-lhe a mão - eu não te vou largar - disse pedindo uns patins com o meu número. Demorou apenas uns segundos até mos darem. Agarrei neles e fui até onde se entrava no espaço. Sentei-me calçando os patins e antes de me levantar, olhei para Ruby, que já estava pronta, agarrando-lhe a mão para que ela me ajudasse até estar no gelo. Eu até me desenrascava, mas podia correr mal.

Encolhi os ombros com o que ela disse - eu disse, mas não era nada a sério - ri-me olhando-a e estremeci com o vento que passou, detestava frio apesar de ser giro andar na neve. Olhei-a depois do seu beijinho no maxilar e puxei-a mais para mim - também naõ disse que iamos fazer nada no big ben, é de dia e está frio - disse com um sorriso maroto.

- Pois foi, a tua insistência para eu parar foi praticamente nula. - dei-lhe uma cotovelada sem força na barriga - Não sejas tarado, eu não disse que íamos fazer o que quer que fosse. - resmunguei apesar de só me apetecer rir. Como ele eu não conseguia ficar triste ou chateada, ficava sempre demasiado feliz e alegre, excepto quando me lembrava que faltava menos de uma semana para nos separarmos - Vamos só passear e dar uns beijinhos.

Ri-me puxando-a para que fosse para o meu colo como se fosse uma princesa e andei com ela até ao big ben assim. -Eu não queria falar disto agora - disse olhando-a - mas não consigo parar de pensar em que quando me for embora, não vou conseguir entrar no avião sozinho  - murmurei indo-me sentar com ela num dos bancos quando chegámos ao sítio que eu queria.

Agarrei-me ao Kev com um grito mal ele me pegou ao colo, apanhando-me desprevenida e assim que chegámos a um dos bancos perto do big ben, trepei novamente para o colo dele até deitar a cabeça no seu ombro - Podes sempre levar a minha ursa gigante. - disse tentando meter piada para não desatar ali a chorar só com o pensamento de ele se ir embora e voltarmos a afastarmo-nos - Aquela que está no meu quarto.

Sorri levemente quando ela disse que eu podia levar a sua ursa gigante e assenti com a cabeça - eu ia gostar - disse encostando a minha testa ao seu pescoço beijando-o devagarinho. - mas já vou levar a cadelinha - disse - tenho que começar a tratar da papelada dela - disse alto para ela não me deixar esquecer disso. Ainda faltava uma semana e já tinha mil coisas para fazer.

Deixei estar com a cabeça encostada ao peito do Kev e dei-lhe um beijinho na bochecha quando ele se encostou a mim - Coitadinha, ela vai ter de ia na bagagem como foi o cookie. - lembrei-me com um arrepio da minha viagem para LA quando tinha ido para o campo de férias - Ao menos depois vais tomar bem conta dela. - disse com um sorriso e beijei-lhe o maxilar devagarinho - E vais lembrar-te sempre de mim quando estiveres com ela. - encolhi-me melhor no casaco por causa do frio e cheguei-me mais para ele.

Encolhi os ombros - ela vai sobreviver - garanti encostando a minha cabeça à dela e sorri levemente com o que ela disse assentindo com a cabeça - sim, mas já sabes que eu não preciso dela para me lembrar de ti - olhei-a e beijei-lhe a testa. Ia ser lindo ver a cadela destruir as porcarias que os meus pais tinham em casa, pelo menos ia andar entretido a limpar a casa.

- Claro que vai, vai fazer-te companhia durante o tempo em que não estivermos juntos. - disse com um sorriso antes de lhe beijar o maxilar. Apesar de tentar demonstrar felicidade, sabia que era quase impossível, estava com uma cara horrível e tinha a perfeita noção disso. Tinha de me controlar ao máximo para não chorar sempre que pensava em ficarmos afastados de novo - E vamos falar todos os dias na mesma, vai passar rápido. - disse tentando convencer-me a mim e a ele.

Olhei para Ruby que repetia as mesmas palavras de sempre, sempre que falavamos nisto. Apenas assenti com a cabeça porque já não queria falar disto e olhei-a dando-lhe um beijo nos lábios. - Não sei como é que os meus pais vão reagir à cadela - olhei-a - provavelmente nem vão saber que ela existe - encolhi os ombros.

- Só espero que não lhe façam mal. - disse sentindo um arrepio só de pensar nisso - Se acontecer alguma coisa e eles não quiserem que fiques com ela, liga-me e eu arranjo uma maneira qualquer de ela voltar para cá. - mordi o interior da bochecha nervosamente. Deitei de novo a cabeça no ombro do Kev e tirei a corrente com a chave que ele me tinha dado como prenda de natal para fora da camisola - Ou então podes levá-la para a casa e fica tudo resolvido. - disse com um sorriso.

Sorri abanando a cabeça - não, eles só parecem psicopatas, não são - encolhi os ombros - acredita quando te digo que vai passar o inverno e a primavera e eles nem vão dar pela bylli - olhei para a corrente dela e toquei-lhe na chave beijando-lhe os lábios - talvez eu vá para lá durante este tempo, para ninguém me chatear.

Sorri contra os seus lábios e voltei a roçar os mesmos nos dele - E assim preparar a casa para nós os dois. - disse com um sorriso - Quando chegar lá quero a casa a brilhar. - tentei fazer a voz da minha mãe quando dava ordens - Vou morrer de saudades tuas. - suspirei e coloquei os meus braços à volta do pescoço do Kev para o apertar com força - Só queria poder ir contigo. - voltei a suspirar e deitei a cabeça no ombro dele.

Encostei a minha cabeça à dela e ri-me - para tua informação eu sou bastante limpinho, quando sou só eu em casa sem ninguém para arrumar por mim, sou eu que arrumo tudo porque detesto ver as coisas desarrumadas e sujas - comecei a levantar-me puxando-a para mim - ainda falta uma semana - murmurei encostando a cabeça à dela - agora vamos para casa e vamos aproveitar enquanto estamos juntos.

Ri-me com o que o Kev disse e assenti com a cabeça, beijando-lhe a pontinha do nariz de seguida - Então toma bem conta da nossa casa enquanto eu não estiver lá. - levantei-me do colo do Kev e agarrei-me ao braço dele, dando-lhe a mão de seguida e entrelaçando os nossos dedos - Aproveitar aproveitar ou aproveitar de ver televisão? - perguntei de sobrancelhas juntas um bocadinho confusa - Porque se for aproveitar aproveitar, depois dizes que eu é que sou a tarada e não sou. Quer dizer, se for a culpa é  tua.

*véspera de final de ano*
Passei os meus lábios pelo seu braço e virei-me totalmente para Ruby, já eram mais de quatro horas e nós continuavamos na cama, não sabia como é que ainda não tinhamos sido interrompidos por ninguém, principalmente pelo seu pai que podia estar a pensar coisas. Sorri levemente ao imiginar-me ser corrido do quarto dela por ele mas logo a voltei a beijar - vamos passar aqui a passagem de ano? - perguntei-lhe baixinho.

Encostei-me ao corpo do Kev e rocei os meus lábios pelo seu maxilar - Podes passar. - disse com um sorriso e apontei para a janela do meu quarto - Dali conseguimos ver os fogos de artifício que passam por cima do big ben e eu posso ir lá a baixo roubar uma garrafa de champanhe aos meus pais. - mordi-lhe o lábio inferior, puxando-lhe o mesmo devagarinho com os meus dentes antes de o beijar de novo - Queres?

Sorri levemente quando Ruby disse que podia ser e assenti com a cabeça - mas podemos passar lá em baixo também - passei os dedos pelas suas costas e beijei-lhe o maxilar de novo - não quero que abdiques da tua família por minha causa - rocei os meus lábios nos seus e beijei-a. - Mas sim, eu quero - sorri levemente.

- Eu passei dezoito anos novos com eles, quero passar um contigo ainda por cima quando vou ficar tanto tempo sem ti. - cheguei-me mais para ele e sorri contra os seus lábios quando me beijou, colocando um dos meus braços à volta do pescoço do Kev para o abraçar e lhe fazer festinhas no cabelo ao mesmo tempo - Então queres que vá lá buscar o champanhe? - perguntei com um meio sorriso enquanto o olhava e continuava com as festinhas.

Também acho que eles não sei iam chatear, se tivessem saudades vinham ao quarto. Não ia estar o dia todo a fazer badalhuquices com ela. Olhei-a com um meio sorriso e aproximei-me dela para lhe beijar os lábios, indo mais para cima dela. -Eu não bebo - lembrei-a, se o fizesse o mais provavel era ela ter que fingir-se de enfermeira outra vez. - mas podes trazer uma coca-cola - disse com um sorriso.

Coloquei as minhas pernas ao redor do quadril do Kev quando ele se colocou mais em cima de mim e mordi-lhe o lábio inferior quando o consegui apanhar com os meus dentes - Então eu trago para cima a garrafa de coca-cola de um litro e meio. - empurrei-o até ele sair de cima de mim e beijei-lhe os lábios antes de me levantar da cama - Já volto, não saias daqui. - disse-lhe com um sorriso enquanto me esticava para a camisola do Kev para vestir a mesma e ir até à cozinha.

Sorri quando ela disse que trazia a coca-cola - e bolinhos - disse lembrando-a do bolo da mãe. Não iamos beber coca-cola com nada. Fiquei a vê-la sair e suspirei ao ver a minha mala feita. Tinha aproveitado que ela esteve a ajudar a mãe a fazer as coisas para ajeitar a mala que nunca tinha sido totalmente desfeita. Não queria que ela me visse a fazê-la, era triste. Levantei-me indo até à janela do seu quarto e encostei os meus braços ao parapeito da mesma ficando a olhar para o céu.

Desci para a cozinha e abri o frigorifico para tirar uma garrafa de coca-cola, dois copos e um bocado de bolo que a minha mãe tinha feito - Porque é que vocês não vêem o fogo de artificio connosco? - perguntou a Lilly quando entrou na cozinha.
Ia responder mas a minha mãe apareceu e colocou os braços por cima dos ombros dela - Porque o Kev está quase a ir embora e ele e a mana querem estar sozinhos um bocadinho. - ela assentiu com a cabeça.
- Eu queria que ele ficasse cá. - disse ela com um suspiro.
- Eu também. - dei-lhe um beijinho na bochecha e despedi-me da minha mãe e do meu pai antes de subir de novo para o quarto e fechar a porta atrás de mim - Cheguei e venho carregada.

Virei-me para Ruby quando a ouvi entrar no quarto e sorri quando a vi cheia de coisas indo ter com ela para agarrar no bolo e nos copos que ela tinha trazido. - Obrigado princesa - agradeci indo colocar tudo na mesa-de-cabeceira. Peguei também na bebida e enchi os copos - eu nunca liguei muito ao ano novo - encolhi os ombros. - eu gostava de ter uma família como a tua.

Sorri assim que o Kev caminhou até mim para me ajudar com as coisas todas que eu trazia nas mãos e sentei-me na cama, agarrando no meu copo com coca-cola de seguida - Eu também gostava que tivesses tido uma família como a minha. - puxei-o para que se sentasse ao meu lado uma vez que dava conseguíamos ver o fogo de artíficio pela janela do meu quarto - Há muita coisa que eu gostava. - dei um golinho na coca-cola, deitando a cabeça no ombro do Kev mas levantei-a de seguida - Falta um minuto.

Sorri levemente e encostei a minha cabeça à dela dando-lhe um beijinho na testa - Tens sorte - disse abraçando-lhe a cintura e comendo um bocado de bolo com a outra mão enquanto olhava para o céu que ainda estava apenas preto. Mordi o interior da bochecha quando ela disse que faltava um minuto e beijei-lhe a bochecha. - Queres dar um beijinho de ano novo? - perguntei com um sorriso.

- Tu também tens porque eles agora são tanto tua família como minha. - estiquei-me até conseguir dar uma trinca na fatia de bolo do Kev e voltei a olhar para a janela, à espera que o fogo de artificio começasse. Levantei novamente o olhar para o Kev com um sorriso ao ouvir a sua pergunta e assenti com a cabeça enquanto me chegava mais para ele - Isso quer dizer que vamos passar o resto do ano aos beijos. - disse pousando o meu copo na mesa de cabeceira para o conseguir beijar decentemente.

Eu sabia que era verdade, mas quando eu falava em família falava de algo que já viesse de trás, e de trás só vinha o meu irmão, que pronto. Ri-me com o que Ruby disse e assenti com a cabeça esperando que ela pousasse o copo para a conseguir beijar, e assim que o fez, agarrei-lhe na cara virando-a para mim e deitei-a na cama enquanto a beijava.

Ri-me assim que o Kev me deitou novamente na cama, colocando-se por cima de mim enquanto nos beijávamos - Vamos perder o fogo de artiício. - disse ainda de olhos fechados e a sorrir contra os lábios dele. Ele era demasiado viciante para que eu o conseguisse largar e além do mais, já tinha visto aquele fogo de artifício tantas vezes que não fazia mal se este ano só o ouvisse - Por isso se quiseres ver o melhor é saires de cima de mim. - disse-lhe antes de o beijar novamente.

Sorri quando ela disse que era melhor eu parar de a beijar se queria ver o fogo de artificio e comecei a beijar-lhe o pescoço muito ao de leve - não sei se me apetece parar de te beijar - disse de olhos fechados, mas levantei a cabeça quando ouvi o som de fogo artíficio. Agarrei-lhe na mão e puxei-a para mim olhando pela janela. - Feliz ano novo - murmurei.

Fechei os olhos com um suspiro baixinho mal o Kev desceu os lábios para o meu pescoço e rapidamente fiz um beicinho quando ele se afastou e me puxou para que me levantasse da cama. Coloquei os meus braços à volta do pescoço dele e estiquei-me toda até o conseguir beijar - Feliz ano novo. - repeti com um sorriso - Amo-te e estava mesmo a adorar os teus beijinhos.. - disse olhando-o com um ar inocente.