Estábulo

- Deixa-me - afastei-a com um empurrão - Não percebeste que não quero que me agarrem, não quero que me chateiem, apenas quero que me deixem em paz - gritei com ela, dando um pontapé em tudo o que me aparecia a frente

Revirei os olhos.
- Uma pessoa é solidária contigo e tu ainda és assim.
Sentei-me num fardo de palha e olhei em frente enquanto fazia festas a um cavalo que baixara o focinho.

- E eu pedi a m**** da tua solidariedade? - perguntei, olhando-a - Eu mandei-te ir embora, tu é que não me deste ouvidos. não te queixes - encolhi os ombros

- Não. Mas nota-se que estás a sofrer com isso e não gosto de ver as pessoas assim.
Cruzei as pernas à chinês e não comentei, começando a brincar com a palha.

- Temos pena, não te pedi nada logo não te queixes - esmurrei uma porta de madeira, fazendo aquilo estremecer por todos os lados - sabes achar o caminho de volta?

Olhei-o.
- É quase de noite. - murmurei. - Só sei de dia pelos cruzamentos.
Encolhi-me.
- Podemos dormir aqui...

- Eu safo-me a sair daqui, hei-de encontrar o caminho de volta - encolhi os ombros e tirei o casaco, atirando-lho quando se encolhei, atirando também um maço de notas - depois liga a um táxi para te vir buscar

Nem me mexi quando ele atirou o casaco e dinheiro.
- Não quero nada teu. - encolhi os ombros e levantei-me.
Abri a porta de madeira e entrei, sorrindo ao ver os fardos de palha que pareciam uma cama; atirei-me e olhei para o teto.

- Como queiras, isso fica ai. Faz o que quiseres com isso - encolhi os ombros e sai daquela espelunca que ela chamava de estábulo e entrei no carro, voltando a bater com a testa no volante - Foda-se porque é que não bazas? - falei para mim e voltei a sair do carro, indo ter com ela novamente - isso é confortavel? - perguntei, olhando-a e vendo-a deitada num fardo de palha

Ainda ouvi a porta do carro e esperei o barulho do motor, algo que não aconteceu.
Assustei-me quando falou e olhei-o.
- Sim. - confirmei.
Cheguei-me um pouco para o lado.

Peguei no casaco que estava no chão e tapei-a. - dorme bem - disse, sentando-me ca fora e guardando as notas no bolso. Fechei aquela portinhola para ela não pensar merdas e encostei-me a um fardo de palha, fechando os olhos.

Aninhei-me e suspirei.
- Podes vir para aqui, estou calada e quieta. - disse-lhe alto.
Fechei os olhos.

Não lhe respondi, deixando-me ficar ali sentando de braços cruzados e com a cabeça encostada a parede. Blake o que é que te estava a dar? Desde quando dizes boa noite ou dorme bem? Bati com a cabeça na parede, suspirando e pensando no meu irmao.

Suspirei e virei-me de costas para a porta.
Depois de algum tempo a brincar com a palha, acabei por adormecer.

Andava de um lado para o outro sem conseguir dormir, olhei para onde ela estava, ao menos um de nós dormia. Suspirei e entrei no compartimento, sentando-me ao seu lado. Olhei-a e suspirei, desviando um cabelo que estava na sua cara.

*Allison off*

Allison rodou e aconchegou-se contra quem quer que lhe tivesse tocado; permaneceu a domir.
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Ela mexeu-se e eu afastei a mão rapidamente antes que ela visse. Pensa Blake. Devagar comecei-me a afastar-me mas ela agarrou o meu braço, fazendo-me revirar os olhos - larga - disse baixo

Acordei com a voz de alguém e abri os olhos, meia atordoada e vendo que estava a agarrar o braço. De Blake.
Larguei-o rapidamente e esfreguei os olhos.

- obrigado - revirei os olhos e afastei-me dela, levantando-me - ainda é de noite, dorme mais - mandei e sai dali, indo dar uma volta para poder limpar a cabeça e por as ideias em ordem

Arqueei o sobrolho e olhei em volta, atordoada.
Acabei por encolher os ombros e deitei a cabeça, voltando a adormecer.

Fui dar uma volta por aquele sitio a ver se encontrava alguma coisa de jeito, um caminho, algum sitio com comida porque estava-me a dar uma fome. Estava a percorrer aquilo a volta, embrenhando-me num pequeno pinhal ou floresta, qualquer coisa do género quando comecei a ouvir um rugir.
- Está ai alguém? - perguntei. boa blake, excelente pergunta -.- - oh c***alho falem - gritei quando subitamente um cão selvagem saltou vindo do nada, atancando-me a perna como qualquer predador faria. - c***alho larga-me - disse, cerrando o maxilar com dores, tentando dar-lhe um pontapé no focinho

Ouvi a voz de Blake e levantei-me, olhando em volta; aconcheguei-me no seu casaco e saí do estábulo.
- Blake? - gritei, andando às voltas no estábulo. - Blake? - repeti ainda mais alto.

Ouvi a voz da allison tal como o cão e ele centrou a atenção nela, preparado para atacar - nem penses seu cabrão - bati-lhe outra vez no focinho com o pé - tens aqui tanto cabedal - bati no musculo do braço, levantando-me coxo

Evitei olhar para o cão e centrei o meu olhar em Blake.
- Pára de te armar em valente e vamos... - aproximei-me devagar. - Sem fazer barulho. Ele só está a defender-se.

- vai-te embora - revirei os olhos - ele não se esta a defender,olha bem para o focinho repuxado e os olhos vidrados. ele esta raivoso e provavelmente a procura de algo para caçar, é bom que te afastes

Abanei a cabeça.
- Ele mordeu-te. - murmurei. - Não te vou deixar aqui.
Procurei a chaves no bolso.
- Eu... vou aproximar o carro, tu andas o pouco que falta e entras, okey?
Andei para trás e depois corri para o carro, ligando-o e colocando-o na saída.
- Já podes Blake... - gritei.

- apenas, vai-te embora - disse-lhe revirando os olhos. Finalmente ela foi a correr, ao menos fazia o que eu dizia e ouvi o carro atras de mim. comecei a andar para tras muito devagar e a coxear enquanto a m**** do cao seguia os meus passos - aqui não ha nada para ti - mantive-me serio, tentando alcançar a porta e o cao lançou-se outra vez mas agora ao pescoço, boa tactica para caçar. elevei o braço para ele o morder e atirei-o para longe, sentindo-o levar um bom pedaço do meu braço com os seus dentes. cerrei o maxilar novamente e entrei dentro do carro - conduz

Tranquei as portas e olhei-o rapidamente, pregando no acelerador.
- Hospital. - murmurei, olhando a estranha. - Hospital.
Continuei a conduzir e tirei um pouco de palha do cabelo.
- A sério? - resmunguei, olhando rapidamente o espelho e tirei o outro bocado, mandando-o janela fora. - Ele mordeu-te onde?

- Vai para o camp, eu safo-me - encolhi os ombros - sim, a sério. dormiste na palha querias o que no cabelo? - revirei os olhos. gajas -.- só se preocupam com a m**** da aparencia

- Safaste nada. - revirei os olhos e virei num cruzamento, seguindo a plaquinha do hospital.
Encolhi os ombros.
- Já saiu, na boa.
Vi o hospital ao longe.