Quarto da Ruby Moore

Quando me afastei fiquei simplesmente a olhar para os seus olhos assentindo mas ficando paralisado durante uns longos segundos. Só depois de suspirar é que virei costas e fechei a porta indo para o meu quarto. Mais memórias, só mais memórias. QUE RAIVA! DETESTO MEMÓRIAS QUE NÃO DÃO PARA ESQUECER! Nem com a m**** do tempo.

Ouvia o coração a martelar no meu peito e as lágrimas a escorrer pelas bochechas quando ele ficou parado a olhar para mim. Depois de ele sair e fechar a porta começaram os soluços. Sentei-me no chão encostada à cama, a chorar com nunca me lebrava de ter chorado. Agarrei-me ao cookie quando me veio lamber as pernas.

Assim que chegámos à porta de casa, o cookie começou a ladrar, à espera que abrissem a porta. Ouvi a minha irmã a correr do lado de dentro e desaqtou a rir assim que o cookie se atirou para cima dela.
- Mana! - tirou a trela ao cookie que foi logo fazer o que queria e atirou-se para o meu colo - O Kev? - perguntou olhando para mim - Estiveste... estiveste a chorar?
Abanei a cabeça e sorri, dei-lhe um beijo na testa e meti-a no chão - A mãe?
- Aqui. - ouvi a voz dela e meti a Lilly ao chão antes de me atirar para os braços da minha mãe. - O que é que aconteceu?
Esperei que a Lilly saisse da entrada a correr atrás do cookie - Eu quero ficar aqui.. - disse baixinho - E se vocês voltarem para Londres também quero ir.
Ela levou-me para a sala e eu deitei a cabeça no colo dela enquanto ela me fazia festas no cabelo - O que se passou?
- Eu.. eu e o Kev discutimos.. - escondi a cara na barriga dela - Ele é amigo do Tyler.. - soube que a minha mãe ficou em choque mas tinha de continuar se não não ia conseguir - Ele não sabia, o Tyler não se dá por esse nome.. e eles conhecem-se desde bebés e o Kev não acreditou em mim.. e.. antes eu disse que estava apaixonada por ele.. - as festas da minha mãe tornaram-se mais urgentes - Ele não sente o mesmo.. Eu só quero.. esquecer.. - engoli em seco e olhei para ela.
- Não te preocupes, querida. Vais ficar cá o tempo que quiseres e nós não vamos já para Londres mas se tu quiseres, acabamos as férias mais cedo.
Abanei a cabeça - Eu só não quero.. ficar no meu quarto.. fico no dos hóspedes.. - suspirei. Não conseguia entrar no meu quarto, só me lembrava de nós os dois no quarto e simplesmente não conseguia. Deixei-me estar encostada à minha mãe a receber festinhas, tal como quando era uma criancinha e tal como tinha sido quando eu estava a sofrer pelo Tyler, mas desta vez era diferente, desta vez não estava a sofrer, desta vez já estava mesmo morta por dentro. Só quando a minha mãe me limpou as lágrimas é que percebi que tinha estado a chorar.

A Lilly adormeceu na viagem até casa. Quando chegámos tirei-lhe o cinto e acordei-a devagarinho.
- Chegámos! - ri-me e sai do carro para que ela fizesse o mesmo e entrasse pela casa a dentro para ir correr atrás do cookie.

Abri a porta saindo do carro e fechei a mesma indo ter com Ruby e tocando com a ponta dos dedos na sua mão até entrarmos. Não chamei por cookie, ele devia estar chateado comigo. Passei a mão pela barriga, já estava a morrer de fome.

Sorri quando senti os dedos dele na minha mão e coloquei o braço à volta da sua cintura.
- Ponham-se à vontade enquanto eu faço o almoço. - disse a minha mãe da cozinha. A Lilly andava a correr atrás dos animais e o meu pai estava com a minha mãe.
- Queres ir para onde? - olhei-o sorrindo.

Olhei para ela ainda a pensar e acabei por abanar os ombros e a cabeça.
-Para o teu quarto. - passei a mão pelo seu cabelo.

Puxei-o pela mão para subir as escadas e assim que entrámos no meu quarto, sorri olhando em volta. - Nunca mais entrei aqui. - mordi o lábio e olhei para ele - Despe a camisola.

-Porquê? - perguntei referindo-me ao porquê de ela nunca mais ter entrado no quarto e despi a camisola tal como ela pediu sentando-me na cama.

- Porque não conseguia estar aqui.. lembrava-me de ti.. não sei.. - sorri quando vi que ele fez o que lhe mandei. - Agora tens de te deitar de barriga para baixo. - fui buscar o creme à mesa de cabeceira.

Deitei-me de barriga para baixo percebendo o que ela ia fazer assim que segurou no frasco e agarrei-me a uma almofada fechando os olhos .
-Vai saber tão bem - garanti.

Ri-me e sentei-me em cima do rabo dele - Eu disse-te que ia fazer uma massagem. - coloquei-lhe creme nas costas e comecei a massagem, pressionando os nós dos dedos contra a sua pele.

Sorri fechando os olhos quando senti as suas mãos na minha pele e deliciei-me com as mesmas.
-Isto faz-me ter flashbacks , dos bons - sorri gemendo baixinho quando me aliviou um dos meusculos que doíam por causa do colchão da cama de hospital.

Ri-me com o que ele disse e continuei a massagem - Estás tão tenso.. Pensa nos flashbacks e relaxa. - beijei-lhe o pescoço.

Sorri quando ela se riu e tentei relaxar-me ao máximo fazendo o que me disse e pensando no primeiro dia quando vim a casa dela.
-Se quiseres eu faço-te uma massagem no rabo.

Passei para os ombros dele e ri-me - Hmm, pode ser. Aquela cama não era nada confortável. - voltei a rir e mordi-lhe o lóbulo da orelha antes de continuar a massagem pelas costas dele.

-Pois, não era nada boa não - murmurei arrepiando-me e estremecendo ligeiramente quando me mordeu o lóbulo da orelha. - eu faço.

Quando acabei a massagem, deitei-me em cima das costas dele. Fechei os olhos e sorri - Isto é confortável. - passei as mãos ao longo dos braços dele e rocei o nariz nas suas costas.

Abri os olhos virando-me ao contrário e puxando-a mais para cima de mim. Abracei o seu corpo levantando ligeiramente a cabeça e beijando-lhe os lábios e passando as mãos pelo seu rabo rindo-me.

Deitei a cabeça no peito dele quando rodou e ri-me ao sentir as suas mãos no meu rabo - Isso não é massagem, é mesmo só apalpanços. - mordi-lhe o maxilar.

Ri-me com o que ela disse e encostei de novo a cabeça à almofada -É tudo a mesma coisa - disse massajando-os ou qualquer coisa do género. -

Ri-me e voltei a deitar a cabeça no peito dele - Da outra vez estavamos mais despidos. - dei-lhe um beijinho no pescoço - Ah. Prepara-te que a minha mãe não te vai largar nos próximos tempos. Vai querer tomar conta de ti e querer que tenhas tudo.

Por causa do que ela disse comecei a tirar a sua roupa com calma e sorri com o que disse da mãe dela dando-lhe um beijo nos lábios tirando depois a minha camisola.
-Eu não preciso de nada, a sério.

- Também adoras despir-me. - desapertei-lhe as calças e tirei-lhas. Voltei a deitar-me em cima dele e ri - Não interessa o que tu digas, ela não te vai deixar em paz. - rocei os nossos narizes e voltei a beijá-lo.

-Pois gosto - ri-me passando as mãos pelas suas costas. -Está bem - revirei os olhos beijando-a e colocando uma almofada por baixo da minha cabeça puxando-a mais para mim.

Encostei a cara ao pescoço dele enquanto passava as mãos pelas minhas costas - Não revires os olhos. Devias estar contente. Os meus pais gostam de ti e estão a ser queridos. - sorri e dei-lhe uma pequena dentada - E depois claro, também vais ter a Lilly que não te vai largar.

Mordi-lhe levemente o lábio assentindo.
-Eu estou contente por eles gostarem de mim - disse sorrindo levemente.

Sorri e dei-lhe beijinhos no peito - E com sorte os meus pais deixam-te dormir aqui comigo. - ri-me - Eles deixam de certeza.

Passei a mão pelo seu cabelo enquanto beijava o meu peito e ri-me.
-Espero que sim, já não estou habituado a dormir sozinho.

- Nem vais dormir. Vamos dormir agarradinhos todas as noites. - sorri - Até porque somos pessoas friorentas. - olhei-o - Tens de fazer as pazes com a Sam..