Jardim

Acabei de arrumar as minha coisas no quarto e apetecia-me dar um passeio. Peguei apenas no telemóvel e sai para o exterior. Assim que cheguei ao jardim, sentei-me num local isolado e deitei-me a olhar para as nuvens.

Fechada num colégio, bela m****!
Depois de inspeccionar ao pormenor o meu quarto, peguei no meu maço de cigarros, coloquei alguns preservativos nos bolsos bem como o meu telemóvel e saí, indo dar uma volta para conhecer as redondezas. Como sempre era proibido fumar dentro do colégio, e muito provavelmente se soubessem de que era feito o meu cigarro não me deixariam sequer fumar. Ri-me levemente e saí até ao jardim, acendendo um cigarro. Fui caminhando enquanto fazia bolinhas com o fumo expelido pela minha boca quando vi uma loira boazona sentada num canto recatado.
- Nova também? - meti conversa, dando um bafo no meu cigarro.

Sentei-me quando ouvi alguém falar comigo - Exatamente. A descobrir como isto é super animado. - encolhi os ombros e sorri - Tens um cigarro para mim?

Bem, pelo menos não me parecia ser daquelas todas betinhas. Sorri-lhe também e sentei-me ao seu lado, estendendo-lhe um cigarro.
- Isto pode ser divertido.- encolhi os ombros.- só precisas de arranjar a diversão certa.- olhei em frente, enquanto fumava.

Os meus cigarros tinham acabado mas isqueiro ainda tinha. Agradeci-lhe e acendi o cigarro, colocando-o na boca e dando uma baforada. - Que tipo de diversão? - perguntei-lhe rindo - Estou ansiosa para descobri-la.

Ri-me com o que ela disse e desviei o meu olhar para ela. Se ela estivesse disposta, sabia muito bem como a entreter durante umas horinhas.- depende do sítio e do que queres fazer em concreto.- passei a língua pelos lábios.

Ri-me e olhei para ela - Dá uma sugestão, eu costumo ser fácil de convencer. - quando acabei o cigarro apaguei-o na relva.

Apaguei o meu cigarro na relva, tal como ela, e olhei-a rindo-me levemente.
- Antes de mais, sou a Sam.- apresentei-me, esticando-me para lhe beijar a bochecha.- e depois a minha ideia era eu conhecer o teu quarto.- fui directa ao assunto. O que foi? Foi o que ela me pediu olha.

Ri-me e dei-lhe um beijo na bochecha também - Adrianna. - voltei a rir e mordi o lábio inferior - Bem, adoro pessoas que se fazem de convidadas. Mas mesmo assim. Queres vir conhecer o meu quarto Sam? - perguntei sorrindo.

- Espero que seja um prazer conhecer-te.- mordi o meu lábio inferior e olhei-a de alto a baixo.- então, não me pediste que te desse uma sugestão? Eu dei.- resmunguei.- e sim, gostava muito de conhecer o teu quarto.- ri-me, revirando os olhos.

- Vai ser. - disse com um sorriso convencido. Levantei-me e estiquei as mãos para ela - Não revires tanto os olhos que ainda os entortas. Anda lá conhecê-lo então.

Ri-me com o seu sorriso e agarrei nas suas mãos, levantando-me e aproveitei o balanço para a beijar, apanhando-a desprevenida.- eles não ficam, mas obrigada pela preocupação.- ri-me.- vamos.- declarei e segui com ela para o seu quarto.

Suspirei e caminhei pelo vasto jardim deitando-me na relva e fitando o céu pouco, ou mesmo nada, estrelado. Comecei a cantarolar baixinho sempre com a voz baixinho e pouco apta para subir para os agudos visto que quase sussurrava.
Vasculhei por entre o bolso das calças o meu isqueiro e comecei a queimar uma folha que papel que por ali andava, ui esta minha diversão é fantasticamente divertida. Revirei os olhos, não sei porque me obrigavam a estar numa m**** de verão visto que não me dava com praticamente ninguém pois eram todos uma cambada de betinhos que se preocupavam em escolher a sombra da maquilhem ou preservativo mais caro.

O papel começou a queimar a relve e gerou-se um pequeno incêndio- Fodasse - murmurei bastante alto, olhei em volta mas não vi ninguém - e ainda bem. Apaguei-o com pé rapidamente e voltei-me a deitar. - ARRGG ODEIO ESTA m**** TODA, ODEIO ISTO. - resmunguei dando um pontapé a uma pedra que foi parar a...sei lá , isso importa? Continuei a resmungar baixinho e tirei da mala o maço começando a fumar descontraidamente.

De repente, ouvi barulho e virei-me rapidamente, observando uma rapariga a agredir o meio ambiente. Mordi o lábio à medida que um sorriso gozão se desenhava na minha cara e depois observei o corpo dela. Era boa. E fumava. Porque não?
Aproximei-me dela mudando o tipo de sorriso e sentei-me à sua beira.
- Olá. - acabei por proferir um tempo depois - Sou o Brandon e tu? - sorri ligeiramente.

-Olá? - de onde é que este tinha aparecido? Levantei um sobrolho e mandei o cigarro para o chão apagando-o com a raiva que tinha tirei outro comecei a fumar novamente. - Para ti sou desconhecida. - murmurei e revirei os olhos, outro beto com a mania que fuma e que fode. Isto vai de mal a pior.
Mordi o lábio com força e encostei a arvore deixando-me escorregar pela mesma, puxei a mala para mim tirando o ipod e quando percebi que estava a ficar sem bateria resmunguei algo imperceptível-

Ri-me sem vontade.
- Para mim, és mais antipática. - gozei e deitei-me na relva. Uma com a mania que me resiste: ri-me novamente e depois peguei no telemóvel voltando-o a ligar e continuei a fumar calmamente, sem sequer olhar para ela. Não tinha intenção nenhuma de me mudar de sítio, muito menos agora que vira como o meu 'olá' a irritara.

-Que eu saiba não te pedi opinião. - sentei-me mais junto a ele mas mesmo assim ainda longe e suspirei deitando-me para trás. Coloquei os auriculares no ouvido e liguei o ipod sem me importar com o barulho que ele podia fazer visto que o som estava no máximo. Fechei os olhos para apreciar o resto do meu cigarro na companhia de uma das minhas bandas favoritas e mal ele acabou atirei a beata para longe de mim.

-Ah obrigada então. - gozei revirando os olhos e depois apanhei o cabelo e mal ouvi a mesma música a ser tocada pelo seu telemóvel desliguei rapidamente o meu ipod e fechei os olhos, para beto ouve até música boa.Fechei os olhos e mal ouvi um trovão senti a minha força a desvanecer aos poucos,abracei as pernas e quase entrei em pânico mal ouvi o seguindo trovão.

Fechei os olhos começando a tremer das pernas e em seguida das mãos, baixei o olhar completamente amedrontado e depois engoli a seco. - Ah..sim...ahmmm claro. - murmurei e em seguida olhei para e abanei a cabeça negativamente. - Tenho..medo a trovoadas. -acabei por confessar e abracei as pernas fechando os olhos com força.
Agora devia ser motivo de gozo por parte dele e como não estava para aturar isso tentei levantar-me e avançar pelo jardim escuro e mal ouvi um trovão voltei para a beira dele.

Estava com peso na consciência : o rapaz era simpático até e eu uma cabra mal disposta. Olhei para ele assenti murmurando um obrigado perceptível no meio do turbilhão de sentimentos, principalmente do medo e do terror que se instalara em mim. Levantei-me e peguei na minha mala indo até ele ainda a tremer.
Isto já me tinha acontecido,ás vezes acho que até posso ser pior que aqueles betos...acho que julgo demasiado as pessoas pelo que eu acho que elas são e não pelo que elas demonstram ser...isso chama-se teimosia. Fitei o seu por momentos carregado de nuvens pretas e depois passado alguns minutos começou a cair alguns pingos de água, mas nada que nos molhasse a sério.

Agarrei-me mais a ele inalando o seu perfume de forma involuntária, quando o olhei nos olhos notei que estavam meio vermelhos e fruía de um olhar distante, vidrado, frio. Os meus braços cercaram o seu pescoço e deitei a minha cabeça indo em direção a uma pequena casa de madeira. A cada trovão que se fazia ouvir eu abraçava-me mais a ele e o meu corpo estremecia e retrai-se.
A casa de madeira era pequena mas confortável e eu vinha para aqui muitas vezes, sentei-me no sofá e olhei para ele. – Sim, obrigada e… - suspirei e olhei-o nos olhos.- desculpa por há bocado…é que eu não gosto muito da gente de cá. - esclareci pois sentia que era o melhor a fazer, assenti e depois olhei atentamente para o chão com algumas beatas minhas. – É a antiga arrecadação do jardineiro, mas desde que morreu quase ninguém cá entra.

Pronto agora além dos trovões tinha de aturar com um gajo drogado…ok vou me calar ele foi simpático. – São fúteis. – Murmurei rezingando e depois deitei-me no sofá fitando-o e observando minuciosamente todos os movimentos que ele fazia. Ergui o tronco apoiando-me nos cotovelos e encarei-o com um sobrolho levantando acabando por me rir momentos depois da parvoíce que ele tinha dito.
-Ahhmm…não deixa lá. – murmurei acabando por suspirar e tirei os olhos de cima do saco que outrora me tinha mostrado. O cheiro da erva era um cheiro que nunca me tinha agradado e dava-me vontade de meter o rapaz á chuva só para não cheirar aquilo. Revirei os olhos contra o teto e tirei da minha mala o Ipod começando a ouvir música alto sem me importar se ele gostava ou não de Metallica, fitei-o momentos depois querendo saber o que ele estava a fazer.
-Ahmm Brandon,olha – murmurei apontando para uma lasca que estava a queimar a t-shirt dele. Pronto agora so me faltava ver um porco a assar a minha frente com este cheiro a moconha devia ser mesmo bom.