Quarto do Stiles Irons

-Eu não gosto que estejas amuada comigo - disse muito baixinho e sorri quando ela me beijou - Agora vou concentrar-me no andamento, para não cairmos os dois - ri-me.

-Esta bem. - baixei a cabeça e ri-me voltando a levanta-la para o olhar - Es lindo Stileszinho, obrigada por me salvares. - encostei a minha bochecha a sua.

Continuei a caminhar em direcção à gelataria e olhei uma sobrancelha quando ela agradeceu por eu a ter salvo. Salvo do quê? Do Voldemort? Do Darth Vader? - Hã? - perguntei - Do que é que eu te salvei?

-Salvaste-me de continuar a ser estupida. - sorri agarrando-me bem a ele para nao cair - Nao nos faças ir contra um poste! - ri-me.

-Eu ainda estou confuso - mas ela está a falar do quê? - Não! Isso não, apesar de acontecer muitas vezes quando não tenho ninguém ao colo, o que é quase sempre - fiz uma careta e finalmente avistei a gelataria.

Fui para o meu quarto e deitei-me na cama à espera de Hailey e acabei por adormecer. Umas horas depois acordei e quando olhei em volta para ver se Hailey tinha entrado ali ou alguma coisa, reparei num papel que estava à porta.
Peguei nele e desdobrei-o. O que ali estava escrito tinha-me causado uma dor que já não sentia desde a morte da minha mãe.
A minha maluca tinha-se ido embora...
Sentei-me na cama a reler o bilhete vezes e vezes sem conta e de repente eu estava a chorar, outra vez, uma coisa que eu só tinha feito quando a minha mãe morreu.

Estava a olhar para uma foto minha e da Hailey quando o meu pai me ligou. Disse que era sobre a Hailey e que eu precisava de ir lá imediatamente com ela. Não lhe disse pelo telefone que Hailey se tinha ido embora para sabe-se lá onde.
Assim que cheguei à esquadra expliquei ao meu pai que a Hailey se tinha ido embora o que o fez ficar mais alarmado.
Aparentemente ela andava fugida a uns mafiosos quaisquer e eles andavam atrás dela. Será que aquele tal Harry a tinha levado?
Liguei para ela e o telemóvel estava a chamar, o que era bom sinal. Olhei para o meu pai super nervoso e ele ligou uma engenhoca qualquer para poder ouvir também a conversa e saber de onde estava ela a ligar.

O meu coração ia-me saindo pela boca quando ela finalmente atendeu. Respirei fundo e falei:
- Sou eu, Hailey - disse - Eu... eu... soube que tu andas fugida... o Harry, ele levou-te não foi? Por favor diz-me que estás bem e que não te fizeram mal.
O meu pai olhou para mim muito sério e com uma expressão para eu continuar a fazer perguntas, mas eu ia esperar que ela respondesse.

-Porquê? Ele está aí não está? - disse começando a ficar zangado - Mas... - eu não sabia que mais havia de dizer, porque ela não me dizia mais nada - Eu também te amo, não te esqueças disso - mantive-me na mesma com a chamada ligada, não queria parar de ouvir a sua voz tão cedo.

-Amo-te - repeti também e ela desligou o telemóvel. Fiquei ainda uns minutos em silêncio, mas aquilo não era um adeus. Eu ia encontrá-la, custasse o que custasse.
-Pai, onde é que ela está? - perguntei contendo as minhas lágrimas e ele disse-me que ela estava num hospital em Los Angeles. m****, e se ela não estava bem como dizia?
-Vamos para Los Angeles - disse determinado mas o meu pai disse-me para eu ir com calma que ele e os colegas tinham de arranjar maneira de saber onde eles estavam todos.

Dias depois, finalmente havia um plano para podermos saber onde estava Hailey. O meu pai tinha também descoberto que o pai dela estava no hospital devido aos cabrões mafiosos.
-Vais ter de ficar cá - disse o meu pai. Ele ainda tinha a lata de me dizer para ficar? Com a Hailey sabe-se lá aonde?
-Não, eu vou. Pai, é a Hailey! Se a mãe tivesse viva, gostavas que fosse ela agora no lugar da Hailey?? - perguntei, apesar de saber que aquele era um golpo mesmo baixo.
-Tu gostas mesmo dela, não é? - suspirou o meu pai agarrando-me no rosto.
-Eu amo-a, pai, eu amo-a - murmurei olhando para ele. Com isto ele suspirou - Vamos embora, vá, vão ser longos dias - suspirei de alívio e apressei-me até ao carro e fomos até Los Angeles.